12/10/2009

sem açúcar, sem afeto.

A agulha que fura sem deixar o mínimo rastro de seu crime, tudo fagulha, não ajuda, pesa demasiadamente na cabeça, principalmente quando se vai para o lado esquerdo que se encontra o sofrimento, a agulha aponta frequentemente para este lado, asim a vida acaba fazendo o resto do trabalho sujo. O outro lado é um prazer mínimo-múltiplo-incomum, apenas momentos que solucionam um dia de eterno infarto,taquicardia e falta intensa de ar mesmo caminhando em ruas de luz prodigiosa.

O encontrar da realidade e não-realidade se faz através de limão, vodca, gelo...Ah, por favor, sem açúcar, sabe como é essa coisa de descer e sentir a doçura que equilibra, não é a minha, prefiro mergulhar de cabeça em um concreto ou pedras que irão ter marcas de um dia seguinte repleto de dor, desculpe, mas isto aqui não é para amador. Isto tudo é real e dói, engolir a seco o que nos jogam descaradamente e sem o mínimo de piedade, engolir a seco a incompreensão, desconsideração,descaso, é doloroso e nos faz sermos simplesmente jogados no mundo, obrigado, mas não sinto absolutamente dor alguma, de tanto engolir esses ares poluídos me fiz apenas ar.

Assim continua a agulha que fagulha intensamente, meu corpo já está em outro plano, minha alma é ar, vagar pelo centro de uma metrópole vai soar existencialista, ou seja, NADA!

Nenhum comentário: