26/03/2012

noite na estação.

deito gelado na frisa
para me aquecer da tormenta
que me mata sem cortar
meu corpo faz algum delírio de verão
seus cabelos para me enrolar
suas costas para arranhar poemas
e toda loucura desenhada em turbilhão
são delírios.
enquanto não chega
sou cinema mudo desfocado
abrindo janela para o inverno
que chega sem bater na porta
esperando você
pobre desalmado sou
esperando a próxima estação.

Um comentário:

Nicole Carneo disse...

escreve tão bem, com tanto sentimento. admiro!