19/11/2009

1...2...3...4...5...75.........

é dezembro, não há lágrimas brancas feitas de gelo em plena nova iorque. me abraça, cativa, me transforme,irrita. meus dedos não conseguem chegar na escuridão de seus olhos pretos, eles fogem de mim como uma trombadinha que roubou na avenida rio branco. me olhe, me arregaça, me empurre para o mesmo abismo que joga seus amantes bárbaros, serei mais um em sua eterna quarta-feira de cinzas. me jogue pétalas de um silêncio amargo, com cheiro da idade que pesa entre nós, somos dois, três, quatro, cinco, somos a metade de um, somos o meio. da porta o entremeio do vazio, seus sonhos completam os choros selvagens, meus pesadelos encontram seus orgasmos matinais.

1....2....3....4....5...75...

acaba, arremata e esgota toda chance esgotada e prelúdios banais são apenas para ocasiões. cometa seu crime agora, ou cale-se para sempre em um silêncio, serão meus demônios atordoando seu sono em uma véspera de primeiro de janeiro. não esqueça, desobedeça e feche essa janela. amanheceu o dia e continua acordada, não tem o sono dos que gozam de intensidade. não sabe o que faz um demoníaco ser depois da dança em seu corpo, quer saber? ele ri e cospe depois que te comeu!

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