02/11/2009

terceira margem.

mandou, me inspirou, me fez esguio em meio ao enguiço de seu corpo que costuma me confundir entre letras e pernas errantes. me deu, espirrou e vomitou com a classe de uma pequena criatura do demo. me espalmou e deixou livre para apalpar no escuro seus seios e cabelos com a mesma intensidade de palavras que digo ao pé do ouvido. me olhou, como se fosse o último dos primeiros a conseguir ser o último que vai bater forte em seu peito. me bateu, forte no rosto para acordar na badalada das seis da manhã, queria que me fosse. me confundiu, achando que a deixaria jogada em sua própria cama.

Um comentário:

Natália Kleinsorgen disse...

Era o medo de ser deixada que a enloquecia. Não só por mim, mas por qualquer um que se levantasse. Ir era permitir que em sua cabeça doentia surgissem mil. Mil demonios, mil faces, mil coices. Achava que não merecia, mas era a primeira a abandonar-se. Ela se explodia e, por isso, não podia amar.