12/01/2010

valentina I

valentina com seu vestido vermelho olha para o espelho, desejou toda a madrugada para sugar seu sexo por inteiro, até não poder mais, até dizer chega. o cheiro e as marcas de uma noite passada ainda estão em seu corpo, não queria ao menos lavar as mãos, para ela tudo fica mais vivo, mais criminoso e mais bastardo. seu sorriso é a porta entreaberta de seu prazer, de encanto sujo, é sua boca que existe não só o céu. assim caminha valentina, em sua sala desarrumada, igual seu coração que mais parece um corredor cheio de portas, onde qualquer ser entra sem permissão, "me possua", sussura ao pé do ouvido. arrematam como se fosse um rubi, mal sabem que é tão vagabunda...e tão mulher para ser uma pedra.