18/03/2010

buraco negro.

tatuou em sua pele branca como o papel que usou para escrever desvairadamente em sua velha máquina de escrever, deixou ali todos os detalhes, cores e traços, era sua primeira tatuagem, gostou da dor, do cheiro e toda atmosfera que ali existia para a eternidade, não deu um ai sequer. escreveu durante toda madrugada, eram palavras desconexas, como os seus passos durante a madrugada por copacabana, embriagada e deixando o desejo nas mãos do acaso, bem no meio de suas pernas, bem dentro de seu vestido preto. saiu as três da manhã com a certeza de uma morte orquestrada pelo mar, era ali seu único descanso.

terminou a noite na esquina de sua casa, vomitando palavras de amor nunca sentidas.

3 comentários:

Anônimo disse...

o amor acontece sem planos. adoro essas surpresas de amor.

elry disse...

muito bom...
vc escreve com alma.
=)

tha oliveira disse...

e com sentido, razão, corpo...