28/07/2010

olhos verdes.

me arrastei dentro de um quarto escuro por muito tempo, era uma doença, uma devastação em meu mundo tão pequeno, meus pés são grandes e piso por ruas minúsculas, você foi minha salvação, eu disse mergulhado em seus olhos verdes, ela foi muita coisa. a vida é um êxtase sem comprimidos para sumiços, a onda braba é meter a cara, sentir na pele o que jamais atingiu o coração. eu sinto coisas e pessoas tão distantes de mim, aquela lágrima correndo um rosto tão bonito e ao mesmo tempo sujo por ter se metido dentro de lixões, essa menina eu sinto, em sua viagem no coletivo. ela deixou tudo para trás e se encontra por aí, simples assim, deixou aquela saudade que embalsama o coração, só  restou o calafrio bater suave em meus poros, assim rola mais uma lágrima saudosa, tão saudosa que sinto tanto. e aqui escrevo sentindo lágrimas, perdas e inchaços de uma vida tão grande e eu voando pelo céu nublado que você é.

seus olhos verdes piscando para mim na madrugada é devaneio vivo.

2 comentários:

Facchinetti disse...

Sabe que agora sinto em você tudo o que escreve!
Se tornou parte! um só!
Parabéns, amigo... Feliz pela sua evolução!

Mayra Ribeiro disse...

Realmente lindo. A intensidade de suas palavras é tão grande. Cheguei a ficar na saudade...