04/04/2012

sou desses, sou eu.

sou o arranhão que te aninha
sou desses, calo beijando.
sou aquele que escreve nas costas nuas
mas não, beibe, eu não sou piedoso
meu amor corta em leveza
e sorri impune
não sou conto de fadas
não sou o modelo de seus sonhos
e no meio das pedras fica uma verdade:
sou o que sou
senão
eu não vivo como sou.

2 comentários:

Isadora P. disse...

Parece não haver, no fim das contas, outra alternativa. Todos os modelos de sonho caem como dominós, eventualmente.

Antônio LaCarne disse...

maravilha de poema. cada palavra certeira que fisga.