sou o arranhão que te aninha
sou desses, calo beijando.
sou aquele que escreve nas costas nuas
mas não, beibe, eu não sou piedoso
meu amor corta em leveza
e sorri impune
não sou conto de fadas
não sou o modelo de seus sonhos
e no meio das pedras fica uma verdade:
sou o que sou
senão
eu não vivo como sou.
2 comentários:
Parece não haver, no fim das contas, outra alternativa. Todos os modelos de sonho caem como dominós, eventualmente.
maravilha de poema. cada palavra certeira que fisga.
Postar um comentário