Aquele quarto se encontra vazio. As duas janelas estão abertas, sujeita a invasões na madrugada, uma aventura talvez seja cometida na escuridão, no silêncio, nos atos libidinosos, mas não há vida naquele cômodo, apenas um grande abismo assustador, frio e drástico, a impressão que dá é ter um grande grito preso, ele não sai de maneira alguma, é um quarto, duas janelas abertas e uma noite, a lua vem da ásia e também de diversos outros lugares passados nos dedos e palavras. Há um grande concerto, uma sinfonia de erros abruptos e ainda sim são silenciosos como a alma daquela noite na taverna, me faz lembrar tanto álvares, tudo fica azedo e não azevedo.
Escuto gritos, eles estão suspensos, apenas era o jogo da amarelinha que alguns se divertiam lá fora, enquanto no quarto, tudo continua vazio e fora dele tudo muito cheio como um sopro de vida, assim continua sendo cotidiano, transformando os morangos mofados em pérolas sempre procuradas por crianças querendo crescer, isso se faz quarto, mas não aquele. As janelas estão abertas, nada acontece no front e promete ser assim por um bom tempo, sendo um quarto vazio bem a teus pés.
5 comentários:
gosto tanto do que você escreve *-*
e também de álvares de azevedo
Um vazio prestes a se completar..
Seu blog é muito legal, vc escreve coisas muito legais...
Se quiser, dá uma passada no meu blog e ve as coisas que eu escrevo tb. Valeu!!
Um quarto vazio é tão tentador quanto uma folha em branco. É um "texto" em potencial.
Um forte amplexo,
F.L.
O que são essas palavras?! Me senti perdida dentro do quarto de Oliveira, na conturbação daquele Jogo da Amarelinha que invadiu meu próprio quarto e se instalou na bestialidade de meus medos...
Me surpreendo a cada texto novo... é tudo tão "oceano"...
abraços!
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